Conheça três galerias de arte nos Jardins que visitamos no último MOS Convida
A região dos Jardins é certamente uma das que mais concentram galerias de arte em São Paulo (e no Brasil). Das mais tradicionais às mais inovadoras, representantes de artistas consagrados e de jovens talentos, não faltam opções para aqueles que gostam de aproveitar o circuito artístico da cidade. Na última edição do MOS Convida — nosso programa de visitas a espaços de arte e arquitetura —, ocorrida em 14 de setembro, realizamos um passeio a pé por três galerias localizadas nos Jardins.
O roteiro começou na Aura, que nasceu como uma plataforma de mapeamento de jovens artistas, virou galeria e fixou sede em São Paulo em 2017. As atividades na capital tiveram início na Vila Madalena, migraram para um apartamento em Santa Cecília e hoje têm espaço na Rua da Consolação. A galeria se consolidou, nos últimos anos, como um ponto de fomento à arte contemporânea, representando jovens artistas de diferentes regiões do país, como a carioca Marcela Crosman e a baiana Lilian Maus, radicada no Rio Grande do Sul. Durante o passeio, tivemos a chance de ouvir Renan Teles, artista paulistano de origem afroindígena que apresentava até aquele dia a exposição "O infinito incompleto da imagem". Ele explicou ao público o seu processo criativo, que parte da fotografia para sugerir reflexões sobre percepção e realidade digital. Teles, aliás, acaba de entrar para o time de artistas com o qual a MOS trabalha, e algumas de suas obras serão presenteadas aos nossos clientes na entrega do nosso primeiro edifício, o Melo Alves 645.

Seguimos depois para a Simões de Assis, na Oscar Freire. Atuante no mercado de arte brasileiro desde 1984, a galeria foi fundada em Curitiba, onde ainda hoje mantém um espaço, e, em 2018, expandiu sua operação com a abertura de uma sede em São Paulo. Com um trabalho consolidado em torno da produção moderna e contemporânea latino-americana, preserva o espólio de artistas como Carmelo Arden Quin, Cícero Dias, Miguel Bakun e Niobe Xandó. Durante a visita, foi possível conferir a exposição “Carlos Cruz-Diez: Induções Cromáticas”, que expõe até 12 de outubro obras do venezuelano que é um dos expoentes da arte cinética. Além de São Paulo e Curitiba, a galeria também atua em Balneário Camboriú. A sede paulistana é dirigida por Guilherme Simões de Assis, filho do fundador Waldir Simões de Assis Filho, que, até 2020, dividia com a irmã, Laura, a direção da SIM Galeria, voltada a artistas que iniciaram suas práticas a partir da década de 1980. Há quatro anos, no entanto, as duas galerias uniram os seus programas.

O passeio foi concluído na Frente Galeria, localizada na Melo Alves, mesma rua de nosso edifício. Diferentemente das outras duas galerias visitadas, que lidam com a representação de artistas, a Frente atua apenas no setor secundário, trabalhando com obras já comercializadas anteriormente por meio de leilões, por exemplo, e promovendo, desse modo, o colecionismo. Por meio de retrospectivas individuais e mostras coletivas, grandes nomes brasileiros ganham destaque no espaço, caso de Tomie Ohtake, autora de uma grande tela exibida atualmente no local, parte de uma recente exposição intitulada “A Realidade Máxima das Coisas”, que contava ainda com obras de artistas nipo-brasileiros como Jorge Mori, Flávio Shiró, Kazuo Wakabayashi, Manabu Mabe, Tomoshige Kusuno e Yutaka Toyota. Durante a visita, o público do MOS Convida foi presenteado com os catálogos desta exposição e de uma anterior dedicada a Portinari. A direção da galeria é de Acacio e Renata Lisboa, filhos de James Lisboa, conhecido leiloeiro do país.
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